segunda-feira, 2 de março de 2009

Led`s



Leds - Um brilho inconfundível
Os leds oferecem mais longevidade e maior fiabilidade do que as lâmpadas comuns. Além disso, ajudam a mudar radicalmente a imagem dos novos modelos. Os pequenos díodos emissores de luz vieram para ficar.


Os leds (díodos emissores de luz) estão definitivamente em voga na indústria automóvel. Este pequeno componente electrónico, descoberto no início do século passado e difundido à escala mundial a partir dos anos 60, em rádios, televisores, telefones, sistemas de alta-fidelidade e máquinas fotográficas entre outros dispositivos de uso pessoal e electrodomésticos, foi ultimamente adoptado como um dos mais importantes e inovadores sistemas de iluminação exterior para veículos.



Com consumos de energia muito baixos e muito pequenos, os leds permitem aos construtores uma utilização muito mais racional da iluminação exterior, nomeadamente nas luzes de presença (‘mínimos’), de travagem (‘stops’) e de indicadores de mudança de direcção (‘piscas’). Além disso, são mais duráveis e fiáveis do que as lâmpadas convencionais (se um se apagar, o grupo óptico permanece iluminado pelos restantes leds). Além disso, a velocidade de acendimento é muito mais rápida do que numa lâmpada convencional, o que é particularmente importante nas luzes de travagem, por exemplo.

Têm ainda outro ‘valor’ acrescido, que é a liberdade conferida aos designers para conceber novos conceitos de estilo e arranjos estéticos diferentes, tanto na dianteira como na traseira dos veículos. A verdade é que, apesar de ainda serem relativamente restritos, os leds são já bem visíveis nas nossas estradas, através de modelos que todos conhecemos. A Audi, por exemplo, é uma das marcas que mais tem recorrido a esta tecnologia para as ópticas dianteiras de modelos mais recentes, como o R8, o TT, o A4, o A3 e o Q7. Mas existem muitos outros modelos que vão aparecer com a ‘face’ e a traseira iluminada por leds, contribuindo também para apresentar estilos estéticos fortes e inovadores.

COMO FUNCIONAM?
POR DENTRO DE UM LED
--------------------------------------------------------------------------------
Os leds (diodo emissor de luz) são componentes electrónicos extremamente simples, versáteis e fiáveis. Dadas as suas pequenas dimensões, permitem um vasto leque de aplicações e com algumas vantagens, face às lâmpadas, em situações em que apenas se requer visibilidade e não iluminação. Com efeito, um led, ou um conjunto de leds, não é capaz de projectar iluminação à distância, mas, por outro lado, emite uma luz amplamente visível a distâncias relativamente grandes. Ao contrário das lâmpadas convencionais, os leds não possuem filamentos incandescentes, o que lhes confere, logo à partida, mais resistência às vibrações e uma maior longevidade. Montado num automóvel, um led pode durar até 100 mil km, contra as 300 a 500 horas de duração de uma lâmpada normal. Os leds são gerados em estado sólido e são constituídos por uma base de silício e de germânio, entre outros materiais. A sua capacidade de gerar luz não necessita de elevadas voltagens e o seu consumo de energia é muito baixo. A luz emitida é gerada com extrema rapidez e estabilidade, sem flutuações na frequência de iluminação. Para se acender, um led necessita apenas de cerca de um milésimo de segundo, contra os 200 milésimos de segundo necessários para acender uma lâmpada de incandescência. Em termos práticos, um automobilista que veja as luzes de travagem de um veículo equipado com leds acenderem-se à sua frente, dispõe de mais uns metros para reagir e travar a tempo de evitar a colisão.
--------------------------------------------------------------------------------


ORIGEM E EVOLUÇÃO
No entanto, tudo começou há alguns anos, mais precisamente em 1998, quando a Maserati escolheu o sistema de leds para a iluminação traseira do 3200 GT. Na altura, foi uma solução arrojada, incialmente desenvolvida pela Giugiaro e aprovada pela própria Maserati, que assim conseguiu marcar a diferença no exclusivo mercado onde se inseria o seu Coupé de Grande Turismo. Mas mesmo antes disto, já o peculiar mercado tuning tinha abraçado os leds como fonte de iluminação, mais por questões estéticas e de exibicionismo do que, propriamente, por razões técnicas, práticas ou de design. Seja como for, todos estes factores contribuiram para que a indústria automóvel tenha adoptado, definitivamente, o sistema e, goste-se ou não, muitos dos novos modelos vêm já equipados com leds, que contribuiram para mudar radicalmente a ‘cara’ de diversos automóveis bem conhecidos, seja apenas para criar distinção ou para reforçar a visibilidade e a segurança.

Em termos estéticos, a aplicação de leds nos faróis tanto pode contribuir para marcar a diferença e a diversidade, como para definir um novo ‘ar de família’.
Há cerca de um ano, no lançamento do Cadillac CTS, os responsáveis da marca norte-americana deixaram bem claro que a adopção de leds provinha de uma necessidade estratégica e de marketing. Os estudos de mercado da Cadillac confirmaram que as pequenas luzes agradavam bastante aos clientes da marca, porque o CTS se tornava rapidamente reconhecível na rua, impondo mais eficazmente a sua classe e o seu prestígio.

A Audi está entre as primeiras marcas a aderir ao sistema de leds, como comprovam as ópticas dos seus modelos mais recentes, ajudando a ‘popularizar’ o conceito. No R8, por exemplo, estão montados 54 leds nas ópticas dianteiras.

Actualmente, cada modelo tem o seu ‘estilo led’, pois, graças à possibilidade de serem dispostos em fila, podem criar-se diversas combinações e aparências e, do A3 ao Q7, passando pelo TT de 2009, todos os Audi exibem agora uma ‘face’ embelezada e personalizada por leds, sendo agora facilmente reconhecíveis à distância (à semelhança do que a BMW faz, desde há alguns anos, com os mínimos circulares, criando a imagem angel eyes).

É inegável que os leds trazem um siginificativo acréscimo de segurança, pois são bem visíveis ao longe, mesmo de dia. Tudo isto também poderá acelerar a entrada em vigor de uma lei europeia que, a ser aprovada, tornará obrigatória a utilização de luzes diurnas em todos os novos modelos a partir de 2010.

LINHAS, GOTAS OU BARRAS?
Apesar de existirem – como em tudo na vida – opiniões críticas que questionam a necessidade e a real eficácia dos díodos (em Inglaterra o tema já é discutido em blogues) e que ridicularizam os diversos formatos que os leds podem assumir num grupo óptico (em linha, em forma de gota ou em pequenas barras), parece inevitável a sua adopção, mais cedo ou mais tarde, por toda a indústria automóvel. A prova está em modelos superdesportivos, como os Lamborghini Murcièlago e Gallardo LP 560/4 e o Porsche 911, a que se junta o recentemente renovado Maserati Quattroporte.

Outra verdade incontornável é que os leds, com os seus argumentos de fiabilidade, longevidade e visibilidade diurna, não são exclusivos de modelos ‘caros’, pois os novos Alfa Romeo MiTo e Lancia Delta, além do Saab 9-3, estão dotados desta tecnologia.

Sem comentários: